A rosa do deserto, cientificamente conhecida como Adenium obesum, é uma planta belíssima que vêm encantando admiradores interessados em jardinagem em diversos lugares do mundo. Por ter uma aparência única, costuma ser pouco encontrada na natureza e desperta a atenção de quem a conhece!
Originária das regiões áridas da África e da Península Arábica, a planta se parece com uma árvore em miniatura com tronco grosso e retorcido como se fosse uma árvore frondosa de verdade, o que lhe confere uma aparência escultural e deslumbrante!
Suas raízes são aparentes, sendo mais externas do que internas e partem de um “tronco” central chamado de bulbo. O bulbo é o responsável pelo armazenamento de água nessa planta, o que faz com que seja resistente à seca e requer pouca manutenção.
Além disso, uma das características mais diferenciadas da rosa do deserto são o formato de suas flores que lembram pétalas em camadas e que podem variar em cores enérgicas, como rosa, amarelo, branco e vermelho.
Por unir beleza e facilidade no cultivo, a rosa do deserto virou uma das queridinhas dos jardineiros de primeira viagem e/ou que não possuem muito tempo pra cuidar. Se você também está interessado em saber como deixá-la radiante, acompanhe conosco todos os segredos dos profissionais da área. Vem ver!
Como cuidar da rosa do deserto: 9 dicas essenciais para seguir
Preparação do vaso
Assim como as suculentas, as rosas do deserto gostam de água, mas não de solo encharcado, portanto, é importante que elas sejam mantidas em um vaso com alto poder de drenagem. Tente cobrir também o fundo do vaso com pedras e tela plástica ou TNT para que as raízes não saiam pelos furos.
O substrato ideal é aquele que mistura terra preparada com areia grossa e húmus de minhoca. A proporção deve ser de 2/3 de areia para 1/3 de terra preparada. Isso porque essa planta está habituada ao clima semiárido e altas temperaturas.
Iluminação
As rosas do deserto são plantas que precisam de muita luz do sol direta para se desenvolverem plenamente. Você pode até mantê-la em uma situação de meia sombra, mas têm chances de não dar uma floração tão exuberante ou até mesmo ter um desenvolvimento insuficiente e ficar torta para um lado só enquanto procura por mais luz. Por isso, prepare-se para oferecer pelo menos 6 horas de sol por dia para a sua plantinha!
Temperatura
Essa planta não gosta de frio, sendo assim evite deixá-la em ambientes muito úmidos ou que tenham ar condicionado, caso fique dentro de casa. Para a rosa do deserto, quanto mais sol e calor, melhor! Em baixas temperaturas, existe o risco dela ficar dormente, com metabolismo lento e, se já tiver florido, as flores tendem a cair e as folhas ficarem amareladas.
Podas
As podas são muito importantes para que a sua planta floresça com mais facilidade, vitalidade e também para dar forma à ela. Você pode usar os mesmos recursos que os produtores de bonsais utilizam: envolver os galhos com arames e ancorá-los com barbante, para dar o formato desejado na planta.
Adubação
Como a rosa do deserto precisa de um vaso com drenagem alta, com o tempo certos nutrientes acabam se perdendo. Por isso, é preciso fornecer adubação e garantir assim que a mesma se desenvolva bem e forneça mais flores ao longo do ano. Os fertilizantes não devem ser aplicados diretamente nas raízes ou quando o substrato estiver totalmente seco, pois pode queimar as raízes e fazer com que as folhas caiam. Uma dica valiosa é usar o Forth Cactos para ter bons resultados com a sua rosa do deserto.
Regas
As rosas do deserto precisam de água. Você só não pode exagerar para não apodrecer suas raízes e matar a planta. Uma das formas para saber se a planta precisa ou não é apertar o bulbo de leve: se estiver murcho significa que a plantinha está desidratada. Outra maneira de saber se deve ou não ser regada é verificar se o solo está úmido. Só molhe a planta se o solo estiver bem seco.
Salvando uma planta que apodreceu
Se você descuidou das regas e a sua rosa do deserto apodreceu, tenha calma que ainda há salvação! Retire a planta da terra, limpe todas as raízes e com uma colher elimine todas as partes apodrecidas. Pendure a planta num local com sombra até que cicatrizem todos os cortes. Isso vai levar de 5 a 6 dias. Depois replante o bulbo num vaso com um substrato novo e deixe-a mais uns 3 a 4 dias na sombra. Aos poucos, vá colocando sua planta no sol e acompanhe o seu desenvolvimento. Não se preocupe se as folhas caírem durante esse processo, é normal.
Adaptação a um novo ambiente
Logo que você adquire a rosa do deserto, seja de um viveiro ou de um mercado, é habitual as folhas amarelarem e as flores caírem. Isso acontece porque a planta mudou de ambiente drasticamente, mas não se preocupe! Não será necessário mudá-la de vaso ou receber adubo nesse período de adaptação. Tenha paciência e espere até que a planta demonstre crescimento, ok?
Cuidados com o manuseio
Apesar de ser uma planta exótica e linda, a rosa do deserto é extremamente tóxica. Há séculos a sua seiva é usada como veneno em lanças e flechas pelos nativos do continente africano. Esse processo consiste em ferver a planta por 12 horas até retirar todo o extrato e a viscosidade, resultando em um veneno altamente concentrado.
Portanto, todo cuidado é pouco. Se você tem crianças pequenas e animais de estimação que costumam ser curiosos com plantas, não é recomendável ter uma rosa do deserto em casa. Além disso, tente sempre usar luvas ao manusear a sua planta, especialmente ao fazer a poda.
Uma curiosidade interessante: no seu ambiente natural, ou seja, quando em crescimento livre no solo e clima adequado, a rosa do deserto pode atingir até 4 metros de altura e 1 metro e meio de diâmetro. Ademais, pode alcançar preços altos no mercado. Uma espécie com modelagem aprimorada pode chegar a custar R$ 1.000,00, por isso, o número de entusiastas, colecionadores e associações só aumenta a cada dia.
Se você se sente seguro para adquirir uma e começar os cuidados com a sua, comece agora mesmo a cultivar! Incentivo já tem, né? A rosa do deserto lhe presenteará com belas e vibrantes flores e certamente renderá elogios de quem visitar a sua casa ao se deparar com essa espécie tão singular!