Você já ouviu falar em declutter? Mas com toda certeza já ouviu falar em destralhe, certo?
Pois saiba que ambos significam a mesma coisa: livrar-se de objetos que estão apenas ocupando espaço na sua casa e na sua vida.
A ideia do destralhar ganhou força nos últimos anos com a onda crescente do minimalismo e com a repercussão de métodos de limpeza e organização do lar, como o da japonesa Marie Kondo, autora do método Konmari, e da americana Marla Cilley mãe do Fly Lady.
Mas o que é declutter?
O declutter é uma palavra de origem inglesa que pode ser traduzido livremente como “destralhar”.
O objetivo dos praticantes do declutter é promover uma verdadeira faxina nos cômodos da casa livrando-se de tudo aquilo que não tem serventia.
E para quê? Simples! De acordo com os princípios do declutter e do próprio minimalismo, quanto menos objetos uma pessoa acumula mais tempo livre ela ganha para se dedicar a coisas que realmente fazem sentido e importância, como praticar um hobbie, passear, viajar, estar com os amigos, curtir com os filhos e tudo o mais que você conseguir imaginar.
Menos tralhas também representa uma economia financeira, já que os praticantes do declutter se tornam consumidores conscientes, aplicando o dinheiro naquilo que realmente necessitam e não apenas em um desejo de compra
Resumidamente, o declutter é uma possibilidade de viver a vida com mais leveza, tempo livre e menos boletos para pagar
Como aplicar o declutter?
Ao perceber os inúmeros benefícios de uma vida minimalista, é normal que muitas pessoas se sintam tentadas em destralhar a casa toda, de uma vez.
Mas a nossa dica aqui é: vá com calma. Isso porque um destralhe total pode te induzir ao erro por conta do cansaço. Você não levou um dia para acumular tudo o que tem, então porque acha que precisa se desapegar de tudo assim, tão rapidamente?
Seja gentil consigo mesma e tenha paciência. Isso também ajuda a não desistir no meio do processo e a observar os seus objetos com calma e atenção.
Dá só uma olhada nas dicas a seguir:
Cômodo por cômodo, área por área
Vamos começar aplicando o declutter devagar? Então escolha aquele cômodo mais crítico da sua casa e invista sua atenção nele. Não precisa destralhar tudo no mesmo dia. Tire 15 ou 20 minutos diários para fazer a faxina.
Para facilitar ainda mais, separe o cômodo por áreas e não passe para outra área sem antes terminar a que começou. Por exemplo, se a intenção é destralhar o quarto, você pode iniciar pela cômoda. No dia seguinte, vá para a área dos sapatos, depois na mesinha de cabeceira e assim por diante.
Siga essa lógica para todos os ambientes da sua casa.
Há quanto tempo você não usa?
Na hora em que estiver fazendo o destralhe pergunte-se a quanto tempo cada item não é utilizado. Se a resposta for “há mais de um ano”, então as chances de você continuar mais um ano sem usar o objeto é muito grande.
Nesse caso, vale considerar o destralhe do item. Mas seja bem honesto nessa etapa. Não guarde algo só porque acha que um dia em algum lugar do futuro ele será útil. Essa é apenas uma desculpa da sua mente para permanecer agarrada aos objetos.
Mais do mesmo
Outra coisa importante para você se atentar é quantos itens iguais você tem em casa.
Pode parecer que não, mas muita gente compra objetos parecidos ou até mesmo iguais. É o caso, por exemplo, de quem tem o hábito de comprar dois sapatos iguais, apenas de cores diferentes. Será que você realmente precisa disso?
Doação, conserto ou lixo
Ao concluir o destralhe de cada área comece a observar os itens que foram retirados e crie três pilhas para eles: uma para doação, outra para conserto e outra para o lixo.
O critério para cada uma se baseia no estado de conservação do objeto e na possibilidade que você ainda tem (ou não) de utilizá-lo:
- Se o objeto está bem conservado, mas você tem certeza que não quer mais, então coloque-o para doação;
- Você ainda quer (e vai usar) o objeto, mas ele está quebrado ou precisando de reparos? Então leve para o conserto;
- Nem uma coisa, nem outra? A solução, nesse caso, é mandar para o lixo, mas antes veja se ele pode ser reciclado, ok? Assim, você também reduz os danos ambientais.
Vender também é uma opção
Para quem tem dificuldade de se desprender de um objeto pelo valor que ele custou, então uma solução eficiente é vender. Dessa forma, você consegue recuperar ao menos uma parte do que investiu!
E os sentimentos?
Essa parte é complicada. A gente sabe que muitos objetos possuem um imenso valor sentimental. E realmente é difícil desapegar nessas condições. Mas nessa hora a honestidade é o melhor caminho. Seja sincero e reflita alguns segundos sobre a real importância do objeto na sua vida.
As memórias e boas lembranças, na verdade, estão registradas na mente e no coração, não em objetos.
Desapegar-se de um item ganhado de alguém especial não a desmerece. Mas, se ainda assim, for difícil, você pode fotografar o objeto e guardá-lo em formato digital. Sempre que quiser pode acessá-lo!
Compraria isso novamente?
Por fim, mas super importante: você compraria esse objeto novamente hoje se tivesse oportunidade?
Não tenha medo da resposta, mudar de opinião é normal. Nem sempre aquilo que desejávamos continua verdadeiro. E se por acaso a sua resposta for não acenda o sinal de alerta. Muito provavelmente esse item não será utilizado novamente, portanto, liberte-se!
Mais uma dica: não se prenda a padrões de como deve ou não deve ser o destralhe. Não existe número mínimo de peças ou objetos que uma pessoa deve ter.
Isso é muito pessoal. Aquilo que te faz bem, guarde. Desfaça-se somente daquilo que ocupa espaço na sua casa e lhe rouba tempo precioso de vida.
E, então, pronto para colocar o declutter em prática? Vamos?