A conta de energia elétrica pesa no bolso dos brasileiros. Estima-se que ela é responsável por abocanhar 20% do orçamento doméstico para aqueles que ganham até um salario mínimo, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio econômicos).
Por isso mesmo nunca é demais aprender dicas para economizar energia, não é mesmo? Então junte-se a nós nesse post e veja as dicas que você pode aplicar hoje mesmo aí na sua casa.
Dicas para economizar energia elétrica
Quais os aparelhos que mais consomem energia?
Antes mesmo de adotar um plano de redução de energia elétrica, você precisa conhecer quais são os grandes vilões de consumo e, assim, aprender a melhor maneira de lidar com eles, confira:
Chuveiro elétrico
O chuveiro elétrico está no topo da lista quando o assunto é economizar energia. Isso porque esse é o aparelho que mais consome energia dentro de uma casa, especialmente nos dias de inverno.
Cerca de 20% do consumo elétrico de uma residência vem do chuveiro. E a melhor maneira de reduzir esse custo é diminuir o tempo no banho.
Outra maneira eficiente de driblar esse alto consumo é manter a temperatura da água mais morna e nos dias de verão desligar completamente o aparelho.
Vale ainda observar como está a saúde do seu chuveiro. Verifique se ele possui pontos de obstrução na saída de água e se os fios são adequados para a voltagem do aparelho.
Você também pode adiantar ou atrasar o banho de todos que moram na casa, sempre que possível. Isso porque o período entre 18h e 21h é considerado horário de pico pelas concessionárias de energia elétrica, ou seja, o número de pessoas consumindo energia aumenta e, com isso, o valor da tarifa também.
Ar condicionado
O ar condicionado é outro vilão na conta de luz. Contudo, é possível conciliar o uso do aparelho sem ter que pagar uma pequena fortuna na conta de energia elétrica.
O primeiro passo é garantir que os filtros do aparelho estejam sempre limpos, já que um ar condicionado sujo consome mais energia para funcionar.
Em segundo lugar, sempre verifique a vedação das portas e janelas. A entrada de ar quente dentro do ambiente atrapalha o resfriamento e, consequentemente, exige mais do aparelho.
Mantenha o aparelho ligado somente o tempo necessário e evite o uso desnecessário.
Sempre que sair do ambiente, desligue o aparelho. Outra dica importante é proteger o cômodo da luz do sol. Isso porque enquanto o ar condicionado está tentando resfriar o local, o sol está aquecendo. Essa briga faz com que a sua conta de energia aumente no final do mês. Para resolver esse problema, instale cortinas do tipo blackout.
Na hora de comprar um aparelho de ar condicionado, busque também por aqueles com selo Procel.
Ferro de passar
Você não precisa passar todas as suas roupas. Aquelas que você usa para ficar em casa, por exemplo, podem ir direto pra gaveta.
Deixe para usar o ferro apenas nas roupas mais finas e que amassam com facilidade, como aquelas que você usa para trabalhar ou sair no final de semana. E mesmo assim espere até juntar uma boa quantidade de peças.
Isso porque cada vez que o ferro de passar é ligado cerca de 30 kWh são marcados na sua conta de energia, podendo representar um aumento de 7% no consumo total ao final do mês.
Geladeira
Cada vez que você abre a porta da geladeira, o ar quente entra e o ar frio sai fazendo com que o aparelho precise entrar em um novo ciclo de resfriamento, consumindo ainda mais energia.
E sabe aquela mania de guardar coisas quentes na geladeira? Isso também pode estar afetando negativamente sua conta de luz pelo mesmo motivo citado acima, ou seja, ar quente entrando.
Esqueça também a ideia de secar roupa atrás da geladeira. Use o varal e o sol para isso.
Verifique ainda se a borracha de vedação está na validade. Existe um teste simples para saber se ela ainda está vedando, basta colocar uma folha de papel entre a porta e a geladeira. Feche a porta e depois tente puxar a folha. Se ela sair ou escorregar facilmente é sinal de que a borracha precisa ser trocada.
9 passos para economizar energia
1. Troque as lâmpadas
Substitua as lâmpadas da sua casa por lâmpadas de LED. Essas lâmpadas são muito mais econômicas e duráveis, trazendo um ótimo custo beneficio a longo prazo.
2. Abuse da luz natural
Durante o dia procure usar apenas a luz natural para realizar suas tarefas. Evite acender luzes desnecessariamente.
Você pode inclusive pensar em opções de aumentar a luminosidade natural dos ambientes a partir de uma janela maior, uso de blocos de vidro ou até mesmo de telhas translúcidas ou pergolados de vidro.
3. Pinte as paredes de cores claras
Acredite, pintar as paredes de cores claras, como o branco, ajuda a refletir e difundir a luz natural recebida nos ambientes.
4. Use espelhos
Os espelhos também são um ótimo truque para aumentar a luminosidade natural dentro de casa. Posicione-se próximo de uma entrada de luz, mas tome cuidado para que o espelho não reflita o sol diretamente.
5. Desligue os aparelhos em stand-by
Sabe aquelas luzes pequeninas que ficam acesas nos aparelhos mesmo depois que eles estão desligados? Pois bem, elas consomem energia e não é pouca não. Estima-se que essas luzes consumam até 12% de energia elétrica na conta. Por via das dúvidas, melhor tirar da tomada.
6. Use timers e sensores
Aparelhos de TV e computadores possuem a função timer, ou seja, você pode programá-los para desligarem sozinhos após um certo tempo.
Os sensores de presença também são ótimos para te ajudar a economizar energia, especialmente se você ou os demais moradores da casa tiverem o hábito de esquecer as luzes acesas. Nesse caso, basta instalar sensores capazes de acionar ou desligar as lâmpadas quando alguém entrar ou sair dos cômodos.
7. Evite o uso de benjamins
Evite ao máximo o uso de benjamins para conectar mais de um aparelho na mesma tomada. Essas peças sobrecarregam a rede elétrica e acabam consumindo mais energia do que o necessário.
8. Não deixe aparelhos na tomada sem necessidade
Você é do tipo que esqueça o carregador do celular na tomada? Ou que deixa o notebook carregando eternamente? Saiba que isso também pode estar impactando na sua conta de luz. Aprenda a tirar o carregador assim que o celular estiver com carga completa, faça o mesmo com notebooks, tabletes e outros aparelhos elétricos.
9. Luz solar
Sim, você pode trocar todo o sistema de abastecimento elétrico da sua casa por um sistema solar com placas fotovoltaicas, por exemplo. Mas isso ainda (infelizmente) é um processo caro e inacessível para a maior parte da população.
Contudo, existem alguns aparelhos que são carregados na luz solar, dispensado completamente o uso de energia elétrica.
E o caso, por exemplo, das luminárias de jardim e de lanternas. Outra possibilidade são as placas de carregador solar que servem para carregar baterias de celulares. Além de economizar energia, essas placas são práticas porque você consegue carregar o seu aparelho em qualquer lugar, até no pico de uma montanha.
Tarifa branca: o que é e como funciona?
Você já ouviu falar sobre a tarifa branca? Essa é uma tarifa diferenciada criada em 2018 pela Resolução Normativa nº 733/2016 e regulamentada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O objetivo da tarifa branca é reduzir o custo da energia elétrica para o consumidor final e, ainda, diminuir a demanda nos horários de pico. Ou seja, mais uma oportunidade de economizar na conta de luz.
Atualmente, qualquer consumidor do país pode solicitar a tarifa branca diretamente na concessionária responsável pelo abastecimento em seu estado.
E como ela funciona? A tarifa branca possui valores de tarifa diferenciados ao longo do dia e que se seguido a risca pelo consumidor podem impactar em cerca de 20% o custo total na conta de luz. Isso significa que a cada R$ 100 cobrados, o consumidor ganha R$ 20.
Para aderir a tarifa branca, no entanto, o consumidor precisa priorizar o uso de equipamentos elétricos fora do período de pico, entre 18h e 21h. O uso de chuveiro elétrico, ar condicionado e aquecedores é o que mais deve ser evitado nesse horário.
De acordo com a Aneel, existem três faixas para cobrança da tarifa branca de luz:
Ponta: tarifa maior – válida entre o período das 18h e 21h
Intermediária: tarifa de valor intermediário – válida entre 17h30 às 18h30 e das 21h30 às 22h30
Fora de ponta: tarifa de valor mais baixo – válida entre 22h30 até às 17h30 do dia seguinte
Para os finais de semana e feriados, a tarifa cobrada é sempre a fora de ponta. Lembrando que para cada estado pode haver pequenas mudanças nos horários das faixas.
Portanto, para aderir a essa tarifa é interessante que o consumidor consiga mudar alguns hábitos de modo que a maior parte do gasto energético da casa aconteça no horário fora de ponta. Caso contrário, existe um risco do consumidor acabar pagando mais caro do que a tarifa convencional.
Um consumidor em São Paulo, por exemplo, paga R$ 0,59 por kWh na tarifa convencional. Com a tarifa branca esse custo vai para R$ 0,49 por kWh no horário fora de ponta. Já no horário de pico, o valor da tarifa branca sobe para R$ 1,11 por kWh, enquanto o horário intermediário possui uma tarifa de R$ 0,72 por kWh.
Nesse caso, o consumo de 100 kWh em um mês com a tarifa convencional vai custar ao consumidor R$ 59, enquanto a tarifa branca no período fora de ponta custa R$ 49 ao final de um mês, mas caso o consumidor extrapole o uso de energia nos horários de ponta e intermediário, o valor da conta pode chegar a R$ 111 e R$ 79, respectivamente. O que acaba não sendo um bom negócio.
Por isso, antes de aderir a tarifa branca é fundamental que o consumidor conheça bem seus padrões de consumo e analise se será capaz de fazer as mudanças necessárias para atingir a economia que deseja.