Sobrou mês e faltou salário? Infelizmente o problema não está no quanto você ganha, mas no modo como você administra o seu dinheiro.
Muita gente passa os dias reclamando que ganha pouco, que nunca tem dinheiro para nada e blá, blá, blá.
Mas vamos combinar uma coisa? Não existe salário (por melhor que seja) que sobreviva a uma mente consumista e completamente desorganizada com o orçamento doméstico.
Quer dar um basta nesse perrengue financeiro? Que bom! Veio ao lugar certo! Trouxemos muitas, muitas dicas que vão trazer uma luz para essa sua cabecinha, vamos lá?
O que é a economia doméstica?
A economia doméstica é uma ferramenta de controle e administração das reservas financeiras do lar e da família.
É também o modo mais eficaz de gerenciar e equilibrar o quanto você ganha e o quanto você gasta todos os meses, não só com as contas dentro de casa, mas com tudo aquilo que você consome ao longo do mês, incluindo passeios, jantares, roupas, viagens e o chocolatinho depois do almoço.
Porque a economia doméstica é tão importante?
É com ela (e graças a ela) que você pode economizar, poupar e administrar melhor o seu dinheiro, além de conseguir realizar sonhos e projetos pessoais.
A economia doméstica é fundamental para quem tem deseja desfrutar de uma vida com mais qualidade, valorizando aquilo que realmente tem importância ao invés de ficar preso em meio a boletos e telefonemas de cobrança.
No fim, você vai perceber que a economia doméstica é, na verdade, um grande salto para a liberdade.
Dicas de economia doméstica para sair do vermelho
Entendeu porque a economia doméstica é tão importante? Então confira agora 15 dicas para começar a implementar esse controle financeiro ainda hoje na sua vida:
Raio X financeiro
O primeiro e mais fundamental passo para organizar as finanças domésticas e pessoais é sabendo exatamente o quanto você e os outros membros da família ganham, centavo por centavo.
Depois, reúna todos os seus gastos e compromissos, incluindo contas de água, luz e telefone. Não se esqueça de incluir empréstimos, financiamentos e acordos financeiros.
No caderninho
Juntou tudo? Agora chegou a hora de organizar toda essa informação. O modo mais prático e fácil de fazer isso é com uma planilha que você mesmo pode fazer usando programas como o Excel.
Mas se preferir saiba que existem até aplicativos de gestão financeira pessoal, como o Organizze, por exemplo.
A tática do bom e velho caderninho também funciona. O importante é ter anotado de modo claro e objetivo todos os seus compromissos.
Em uma coluna ao lado, anote os seus rendimentos, incluindo salário, recebimentos de aluguel e outras rendas extras.
O objetivo aqui é que a sua coluna de rendimentos possua um valor maior do que a de gastos e compromissos. Será que você consegue?
Regra do 50/30/20
Uma boa maneira de equilibrar as finanças domésticas é apostando no uso da regra conhecida como 50/30/20. O que seria isso, afinal?
Essa regra sugere que você disponibilize 50% dos seus rendimentos para gastos essenciais, como pagamento de contas de água, energia elétrica, telefonia, convênio médico, alimentação, moradia, transporte e outros itens básicos de sobrevivência no mundo moderno.
Em seguida, você deve separar 30% do orçamento para cobrir seu estilo de vida. Isso inclui passeios, refeições fora de casa, viagens, baladas, academia, entre outros itens que não podem ser considerados como básicos (porque você pode viver sem), mas que, convenhamos, te fazem feliz.
Por fim, reserve os 20% restantes para cobrir despesas de financiamento, empréstimos, acordos e, claro, para fazer investimentos.
Na prática, essa regra funcionaria assim: se você receber R$ 3000 mensalmente, 50% desse valor (R$ 1500) deve ser direcionado a gastos essenciais, 30% ou R$ 900 para gastos com estilo de vida e 20% ou R$ 600 para cobrir despesas financeiras de empréstimos e investimentos.
Faça essa divisão diretamente na sua planilha de orçamento domestico. Assim você consegue visualizar ao que se destina cada gasto.
Reunião de família
Outra dica de economia doméstica é reunir a família para orientar a todos sobre os novos rumos do orçamento da casa.
É fundamental que todos estejam empenhados em equilibrar as finanças, para que assim os objetivos da família, como comprar a casa própria ou comprar um carro, possam ser atendidos.
Explique a importância do engajamento de todos e peça a colaboração.
Defina prioridades
Não existe economia doméstica que sobreviva sem uma lista de prioridades. Se você continuar achando que precisa de tudo o que tem e que deve continuar sustentando todos os seus gastos, nem precisa continuar a estabelecer planos.
Além dos gastos essenciais que por motivos óbvios devem ser mantidos, é muito importante que você avalie a necessidade de alguns itens que constam no seu orçamento.
Seja honesto consigo mesmo e se questione se realmente precisa sair todo final de semana para jantar fora. A academia que você paga e nem vai, será que precisa manter? Talvez você possa substituir por uma corrida na rua, por exemplo.
E o cinema? Será que não dá para fazer uma noite do cinema em casa mesmo?
As crianças realmente precisam passear no shopping? Leve-as para um parque ou uma praça, além do passeio sair de graça, você ainda aproveita para passar um tempo diferente com elas, curtindo momentos que o dinheiro não pode pagar.
O importante é perceber que sempre dá para criar alternativas para o que você está acostumado a fazer.
Pode ser que você descubra que uma reunião em casa na companhia da família e dos amigos é muito mais divertida do que em um bar ou restaurante, por exemplo.
Permita-se experimentar essas possibilidades!
Tenha objetivos
Para que o orçamento doméstico faça sentido é sempre bom contar com objetivos de curto, médio e longo prazo.
Chame a família e estabeleçam esses objetivos juntos.
Pode ser uma viagem para daqui dois meses, um passeio no final de semana ou a compra da casa própria.
Mas é muito importante definir metas e objetivos. Isso faz com que todos se empenham e se dediquem a cumprir com as regrinhas do orçamento.
Renegocie
A economia doméstica também envolve renegociação de dividas, especialmente aquelas que você tem com o banco, como o limite do cheque especial.
Ligue para o gerente da sua conta e proponha uma renegociação, peça abatimento da taxa de juros ou um bom desconto para quitar a divida por completo.
Você vai ver o alivio que dá!
Reveja gastos
TV a cabo, assinatura de revistas e cesta de serviços bancários são apenas alguns dos gastos que você pode começar a rever.
Já pensou em trocar o seu plano de TV por um serviço de streaming, como Amazon Prime e a Netflix? É muito mais barato!
E será que você não pode ler o conteúdo da revista online, por exemplo?
Sabia que você não é obrigado a pagar pela cesta de serviços do banco? Não é! Você pode pedir ao gerente que migre sua conta para a opção de serviços gratuitos. O banco é obrigado a continuar oferecendo uma quantidade mínima por mês de saques, extratos e outros serviços. Dependendo da movimentação que você faz por mês vale muito a pena considerar essa opção.
Outro gasto desnecessário que você pode cortar hoje mesmo é a anuidade do cartão de crédito. Opte por empresas que ofereçam cartão sem taxa, como a NuBank, por exemplo.
Analise também o seu plano de telefonia celular e internet. De repente você nem precisa daquele tanto de minutos para falar por mês.
Enxugue tudo!
Faça listas
Antes de sair às compras faça listas. Essa dica deve virar um mantra na sua cabeça de tão importante que é.
Vai ao mercado? Lista! Vai comprar roupa? Lista! Vai na feira? Lista!
Mas é para seguir a risca o que está lá, ok?
Leve dinheiro contado
Fez a lista? Então leve dinheiro vivo para fazer a compra, de preferência no valor aproximado que você acredita que vai precisar.
Acredite: se levar cartão de crédito ou débito, sua mente vai te sabotar com aquela história: “ah, mas é só esse aqui, tá barato, em promoção”.
E você vai cair!
Organize seus armários
O que organização dos armários tem a ver com economia doméstica? Tudo! Se você não sabe o que tem, provavelmente vai acabar comprando o que não precisa.
Por isso, antes de ir ao mercado organize os seus armários da cozinha e veja o que já tem na dispensa.
Se for comprar roupa ou sapatos, faça o mesmo. Pode ser que você tenha um sapato lindo que nem lembra mais ou uma roupa bafônica ainda com a etiqueta.
Aproveite para ver a possibilidade de consertar peças que estão paradas e sem uso porque estão largas ou com algum outro probleminha que pode ser facilmente consertado.
Economize
A partir de hoje incorpore o fiscal da economia e se precisar ser chato ou chata, seja! Diminua o tempo do banho para economizar água e energia elétrica.
Durante o dia, mantenha a casa com as portas e janelas abertas, assim a luz natural ilumina tudo e você não precisa ficar acendendo lâmpadas.
De noite, apague as luzes dos cômodos ao sair e desligue os aparelhos da tomada porque mesmo no modo stand by eles continuam consumindo energia.
Verifique a posição de temperatura da sua geladeira. Diminua o grau de resfriamento se ela estiver vazia ou com poucos mantimentos, o mesmo vale para o freezer. Aproveite para checar se a borracha da geladeira está vedando corretamente.
Lave e passe roupa apenas quando juntar uma boa quantidade de peças. E se tiver sol batendo no quintal ou na varanda, nem pense em usar a secadora.
Também vale observar se existem vazamentos de água pela casa, tanto no registro principal, quanto nas torneiras e no chuveiro.
Transporte
Uma coisa é fato: você vai precisar se locomover no dia a dia, seja para ir ao trabalho, a faculdade, levar as crianças na escola ou simplesmente ir ao mercado.
Mas como você pode economizar com esse transporte diário? Uma opção é usar transporte público ao invés do carro. Acontece que, pelo menos aqui no Brasil, o transporte público acaba não sendo a melhor opção.
Para quem tem carro, uma boa saída é apostar na carona com custos compartilhados. Ou seja, você oferece ou pega carona e racha as despesas.
Na hora de levar as crianças para escola, você pode combinar um revezamento com os outros pais que morem perto, por exemplo.
Antecipe-se as suas compras e pague à vista
Planejamento é a melhor maneira de economizar dinheiro ao fazer compras. Por isso, se você deseja, por exemplo, comprar uma TV nova, comece pesquisando modelos e os preços nas lojas. Use a internet para te ajudar nesse processo.
Depois de definir a marca e o modelo, comece a poupar o dinheiro necessário e crie uma meta de curto prazo para realizá-la.
Com o dinheiro em mãos é muito mais fácil conseguir descontos e aproveitar promoções relâmpagos. Vale também esperar por datas especificas, como a Black Friday ou as vendas de queima de estoque que algumas redes de varejo realizam anualmente.
Faça uma reserva de emergência
Tenha uma reserva de emergência. Isso é fundamental para você nunca mais ser pego desprevenido.
De modo geral, a ideia é que você tenha um valor guardado que corresponda a 24 salários. Por exemplo, você ganha R$ 3000 ao mês, então sua reserva de emergência ideal deve ser de R$ 72.000,00.
Esse valor seria suficiente para você se manter caso perca o emprego, por exemplo. Mas ele também pode ser usado para uma emergência de saúde ou para uma reforma inevitável em casa.
A reserva de emergência só não deve ser usada para coisas supérfluas, como comprar roupas ou ir pra balada.
Se preferir, crie fundos para esse tipo de gastos. Tenha um valor reservado só para comprar itens não essenciais. O mesmo se aplica para viagens.
O importante é que o dinheiro da reserva de emergência seja mantido quietinho no lugar dele. Afinal, como o próprio nome diz é uma “reserva de emergência”.
Depois de todas essas dicas de economia doméstica não tem mais desculpa para ficar no vermelho. Coloque em prática ainda hoje e sinta-se no controle da sua vida!