Cedo ou tarde a decisão de morar junto chega na vida de qualquer casal. Os motivos para isso são os mais variados.
O principal e mais importante deles é o amor e a cumplicidade envolvidos na relação.
Mas muitas vezes, a decisão de morar juntos também pode vir acompanhada de um emprego novo, a rescisão de um contrato de aluguel e por aí vai.
Independente do motivo, uma coisa é certa: existem muitas coisas importantes que devem ser consideradas antes de finalmente juntar as escovas de dentes.
Quer saber mais sobre o assunto? Então continue acompanhando o post.
Sinais que está na hora de ir morar juntos
1. Vocês tem uma relação sólida
A decisão de morar juntos antes do casamento quase sempre é tomada por casais que já possuem um bom tempo de relação.
Esse tipo de relacionamento, mais maduro e sólido, está pronto para passar para a próxima fase, especialmente se vocês já vem conversando sobre o assunto.
2. Conversam abertamente sobre diversos assuntos
Um casal que tem liberdade para conversar sobre diversos tipos de assunto, tanto a nível pessoal, quanto profissional e familiar, também tem fortes chances de começar uma vida em comum morando na mesma casa.
Isso porque a afinidade é um requisito indispensável na construção de qualquer tipo de relacionamento, em especial naqueles que dividem o mesmo teto.
3. Tem cumplicidade e companheirismo no relacionamento
Se vocês são do tipo que fazem tudo juntos e estão sempre preocupados um com o outro, então esse é mais um forte sinal de que está na hora de juntar as coisas para morar juntos.
4. Vocês já passam a maior parte do tempo juntos
Vocês dormem juntos, fazem as refeições juntos e vão até no mercado na companhia um do outro? Esse é outro sinal de que a relação já pode avançar para um próximo nível.
5. Tem sonhos e projetos em comum
Outro forte indicio de que chegou o momento de ir morar juntos é quando o casal começa a ter sonhos e projetos futuros em comum.
Pode ser o sonho de uma viagem, um empreendimento ou mesmo comprar uma casa. Tudo isso simboliza que vocês estão alinhados no mesmo propósito.
Morar juntos: dicas para fazer dar certo
Por mais que você e seu parceiro (a) estejam certos de que chegou a hora de morar juntos, existem alguns pequenos detalhes para vocês refletirem juntos.
Isso porque morar junto do parceiro é algo bem diferente do que apenas namorar e cada um ter a própria casa. E para evitar desgastes e desentendimentos na relação, vale a pena conferir as dicas abaixo:
1. Converse sobre o assunto com o parceiro (a)
Antes de fazer as malas e partir para a mudança, tenha uma conversa franca, sincera e aberta com o seu parceiro.
Vale até fazer uma lista com os tópicos que precisam ser discutidos. Isso ajuda a deixar tudo mais claro e faz com que vocês tenham ainda mais certeza de que é essa a melhor decisão a ser tomada.
E, caso note alguma resistência por parte do seu companheiro ou companheira, avalie se esse é mesmo o melhor momento. Nem todo mundo, por melhor que seja o relacionamento, está preparado para morar junto. E isso também não significa que a pessoa não queira estar ao seu lado.
Uma conversa sincera é sempre o melhor caminho a se tomar.
2. Planejamento financeiro
Uma das partes mais importantes de morar juntos é o planejamento financeiro. Não tem como fugir desse assunto, afinal, pagar contas é preciso.
Você e seu parceiro (a) precisam ter um bom diálogo sobre esse assunto, sem tabus ou neuras.
Decidam se vocês terão contas bancárias em conjunto ou se as despesas serão divididas por igual.
Isso tudo fica ainda mais fácil se vocês compartilham dos mesmos objetivos.
3. Respeito a individualidade
Morar junto não é sinônimo de fazer absolutamente tudo junto. Faz parte de um relacionamento saudável momentos de individualidade.
Isso significa que o outro nem sempre estará disponível para você. Pode ser que ele queira assistir a um filme sozinho, ler um livro, dar uma volta no quarteirão e você precisa entender.
Aproveite para fazer o mesmo. Você verá que o relacionamento se fortalece a partir do respeito a individualidade.
4. Divisão de tarefas
A divisão de tarefas é super importante para quem decide morar juntos, principalmente quando os dois trabalham e dispõe de pouco tempo para os assuntos domésticos.
Como primeira opção, vocês podem concordar em fazer uma lista e atribuir um item para cada um.
Outra solução é contar com a ajuda de uma empregada doméstica ou diarista. Nesse caso, a conta da faxina também precisa ser dividida.
O importante é deixar tudo bem claro para que o outro não se sinta sobrecarregado.
5. Aprenda a lidar com hábitos, manias e vícios
Todo mundo tem hábitos, manias e vícios, em maior ou menor escala. Pode ser que você já conheça alguns do seu parceiro (a), assim como pode acontecer de você só descobrir muitos deles depois que começarem a morar juntos.
A dica aqui é respirar fundo e, em primeiro lugar, admitir que todo casal passa por isso.
Depois, converse com o seu parceiro sobre o que te incomoda. Pode ser uma coisa simples, como deixar a toalha molhada em cima da cama, como também pode ser algo mais complexo, como a fumaça do cigarro que se espalha pela casa.
Mas, em ambos os casos, é sempre muito importante manter o canal de comunicação aberto.
E, lembre-se, você também pode ter hábitos e manias que desagradam o seu parceiro. Por isso, antes de acusar ou reclamar, pergunte para ele (ou ela) se existe algo que você pode fazer para melhorar a convivência dentro de casa.
6. Mantenha a chama acessa
Por fim, mas ainda fundamental: não deixe o relacionamento cair na mesmice depois que vocês começarem a morar junto.
Com a rotina e o fato de estar o tempo todo ao lado do parceiro (ainda mais em tempos de pandemia) é natural que a relação sofra desgastes.
Em razão disso, procure sempre, ao máximo possível, fazer coisas novas e surpreendentes.
Deixar um bilhetinho carinhoso antes de sair, trazer um chocolate para a pessoa ou preparar uma refeição especial são alguns bons exemplos.
Também é importante fazer viagens juntos, mesmo se for um bate volta no fim de semana, continuar indo ao cinema ou ao restaurante do primeiro encontro.
No dia a dia, não se esqueça de desejar bom dia, bom trabalho, boa noite. Pergunte como foram as coisas e se deu tudo certo, como a pessoa planejava.
São as pequenas atitudes do cotidiano que fazem um relacionamento ser longo e feliz.
Morar junto é considerado casamento? O que a lei diz sobre isso
Morar junto é diferente de um casamento. Para entender isso, é preciso saber o que a lei diz a respeito de cada tipo um desses tipos de relacionamento.
Um casamento é a oficialização de uma união perante o Estado e a sociedade, sendo reconhecida como um núcleo familiar de comum acordo entre as partes.
Para ter efeito, o casamento deve ser registrado em cartório na presença de um juiz de paz e de testemunhas.
Esse tipo de união assegura os cônjuges de direitos e deveres, como divisão de bens, que pode ser assumida de diferentes formas (comunhão total, parcial ou separação total de bens), direito a heranças, pensão alimentícia, entre outros.
Já a união estável se diferencia, basicamente, do casamento civil pela ausência de um juiz de paz que reconhece e valida a relação perante o Estado e a sociedade.
Para ter valor de união estável, o casal precisa apenas passar a morar juntos, independente do tempo de relacionamento.
Antigamente, a justiça reconhecia como união estável apenas relações com mais de cinco anos em comum, hoje em dia, porém, isso não é mais uma regra.
Atualmente, a justiça brasileira já reconhece como união estável o casal que conseguir juntar provas que constatem o vinculo, como testemunhas, fotos e até mesmo extratos bancários de contas em comum ou o contrato de aluguel.
A união estável pode ou não ser reconhecida em cartório por meio de uma declaração simples feita pelo casal.
O casal em união estável possui os mesmos direitos de um casal unido por meio do casamento. Ou seja, ambos os parceiros passam a ter direito sobre plano de saúde, seguro de vida e pensão alimentícia.
Mas, a lei prevê diferenças na dissolução da união e nos casos de herança. Quando uma relação acaba dentro de um casamento é necessário realizar todo o processo de separação e divórcio, já na união estável esse procedimento não é necessário. Acabou, acabou, só isso.
Já no que diz respeito a heranças, um parceiro em união estável só pode ter direito se não houver outros herdeiros em linha sucessória, como filhos, por exemplo.
Outra diferença está na divisão de bens. Na união estável, ela acontece apenas de forma parcial, ou seja, só é permitida a divisão entre os bens adquiridos durante o relacionamento do casal.
E, então, pronto para embarcar nessa aventura que é morar junto?