O processo de aluguel de imóveis pode ser um desafio tanto para locatários, quanto para os proprietários.
E uma das preocupações mais comuns é a garantia exigida pelo locador para assegurar o cumprimento do contrato de locação. Nesse sentido, o seguro fiança surge como uma opção que proporciona facilidade, praticidade, segurança e tranquilidade para ambas as partes.
Quer descobrir mais sobre o seguro fiança? Aqui, a gente te explica tudo: que é, como fazer, qual o custo, entre outras dúvidas. Vem ver!
O que é seguro fiança?
O seguro fiança é um tipo de garantia locatícia utilizado com cada vez mais frequência no mercado imobiliário para facilitar e agilizar a aprovação do contrato de locação. Funciona como um substituto à figura do fiador e do tradicional caução por oferecer proteção ao proprietário em caso de inadimplência, tanto em relação ao pagamento de aluguel, quanto aos encargos mensais.
A modalidade pode ser utilizada para imóveis residenciais e comerciais, tanto em áreas urbanas, quanto rurais.
O que o seguro fiança cobre, afinal?
Além do valor do aluguel, o seguro fiança também pode cobrir outras obrigações do locatário, como:
- IPTU;
- Condomínio;
- Água ou luz;
- Pintura interna;
- Pintura externa;
- Danos ao imóvel.
No entanto, as coberturas variam de acordo com o que foi contratado junto com a seguradora. Muitas apólices, por exemplo, também oferecem assistência residencial, como chaveiro, encanador e eletricista e até mesmo a possibilidade de contratação de um serviço de indenização ao locador por despesas judiciais em caso de ação de despejo.
Tais “plus” estarão sujeitos a um custo adicional no prêmio do seguro, por isso, é importante avaliar cuidadosamente todas as cláusulas do contrato para não ter surpresas desagradáveis no futuro.
Como fazer seguro fiança?
Para contratar um seguro fiança é simples, o inquilino deve buscar uma seguradora de confiança ou indicada pela imobiliária.
O processo é geralmente rápido e requer apenas a apresentação de documentos pessoais e comprovação de renda para que a seguradora possa avaliar o risco e estabelecer o valor do prêmio. Outras informações sobre o imóvel poderão ser solicitadas, como valor do aluguel e localização.
Após avaliar o perfil, a seguradora define o risco, levando em consideração, principalmente, o histórico de inadimplência e renda mensal do locatário. Em geral, é exigido para aprovação um renda média equivalente ao valor de três a quatro aluguéis mensais. Ou seja, para alugar um imóvel com locação de R$ 2 mil ao mês, o inquilino deve comprovar renda de, no mínimo, R$ 6 mil mensais.
Após a aprovação de crédito e acordo sobre as condições e valor do prêmio, o contrato de seguro fiança é formalizado. Assim que for assinado e a quitação paga, o inquilino já estará apto a apresentar a apólice ao proprietário do imóvel como garantia de locação.
Quanto custa o seguro fiança?
O valor do seguro fiança pode variar de acordo com diversos fatores, como a quantia do aluguel, localização do imóvel, análise de crédito do locatário e seguradora escolhida
Geralmente, o custo é calculado como um percentual do valor do aluguel e encargos mensais, podendo variar entre um e três aluguéis anuais ou entre 6% e 15% do valor da locação. Ou seja, se o aluguel custa R$ 1 mil, o valor do seguro fiança pode variar entre R$ 600 a R$ 3 mil, pago à vista ou parcelado, dependendo do perfil do cliente, do risco envolvido e da seguradora.
O seguro fiança geralmente tem duração de um ano, correspondente ao período de vigência do contrato de locação. Ao final desse período, o locatário tem a opção de renovar para o próximo ano ou optar por outra forma de garantia locatícia.
O pagamento pode ser feito por meio de cartão de débito, crédito ou boleto bancário.
Quais documentos apresentar para contratar o seguro fiança?
Para contratar o seguro fiança, são solicitados normalmente os seguintes documentos:
- Documentos pessoais: O locatário deve apresentar documentos que comprovem sua identidade, como RG (Registro Geral) ou outro documento de identificação oficial com foto. Além disso, é comum exigir o CPF (Cadastro de Pessoa Física) do locatário;
- Comprovante de renda: A seguradora solicitará comprovantes de renda do locatário para avaliar sua capacidade financeira de arcar com o aluguel e encargos. Como por exemplo, holerites dos últimos meses, declaração de Imposto de Renda, extratos bancários ou outros documentos que demonstrem a renda mensal;
- Comprovante de residência: É necessário apresentar um comprovante de residência atual, como uma conta de luz, água, telefone ou outro documento que esteja em nome do locatário;
- Informações sobre o imóvel: A seguradora também pode solicitar informações sobre o imóvel que será alugado, como o endereço completo, valor do aluguel, termos do contrato de locação e outros detalhes relevantes.
É importante lembrar que, em alguns casos, podem ser solicitados outros documentos, como certidões negativas de débitos e referências pessoais ou profissionais. Portanto, é sempre recomendado entrar em contato com a seguradora de seu interesse para obter uma lista precisa.
Seguro fiança é devolvido?
Uma dúvida muito comum entre os locatários é se o seguro fiança é devolvido ao final do contrato de locação.
Diferentemente do depósito caução, que é reembolsado após a entrega do imóvel em boas condições, o valor do prêmio não é recuperado, pois corresponde à compensação pelo risco assumido pela seguradora de cobrir eventuais débitos que o locatário deixe de pagar.
No entanto, existem exceções em que a seguradora pode retornar uma parte como quando há uma renovação do contrato de locação ou quando o inquilino muda de imóvel, mas permanece alugando com o mesmo seguro fiança. Nesse sentido, a seguradora pode oferecer descontos ou reembolsos proporcionais ao pago anteriormente.
Por isso, é essencial que o locatário faça uma ampla pesquisa entre diferentes seguradoras para encontrar a opção mais vantajosa e que melhor atenda suas necessidades para não ter arrependimentos depois.
Para quem o seguro fiança é indicado?
O seguro fiança é indicado para diferentes perfis de locatários, oferecendo vantagens e soluções específicas para cada um deles. Porém, alguns se encaixam ainda melhor com essa modalidade de garantia locatícia, confira a seguir:
Sem fiador
Para aqueles que não têm um fiador disponível, o seguro fiança é uma excelente alternativa. Muitas vezes, encontrar uma pessoa que esteja disposta a assumir a responsabilidade financeira do contrato pode ser bem complicado, especialmente em locais onde as relações pessoais são limitadas.
Com dificuldade na comprovação de renda
O seguro fiança também é uma solução eficaz para locatários que têm dificuldade em comprovar sua renda ou que possui um perfil financeiro menos convencional.
Em vez de depender exclusivamente de contracheques ou declarações de Imposto de Renda, a seguradora avalia o risco de maneira mais ampla e flexível. Essa análise pode levar em consideração fatores como histórico de pagamento de aluguéis anteriores, estabilidade no emprego e outros elementos.
Agilidade no processo de locação
O seguro fiança pode acelerar o processo de locação, pois a análise de crédito, aprovação e emissão da apólice costuma ser mais rápida em comparação com a busca por um fiador ou a constituição de um depósito caução. Isso pode ser especialmente vantajoso para pessoas que precisam se mudar para uma nova moradia com urgência.
Maior flexibilidade financeira
Essa modalidade permite que o locatário evite desembolsar uma quantia considerável de dinheiro de uma só vez, como é o caso do depósito caução. Ao invés disso, o inquilino tem a opção de dividir o valor anual do seguro fiança em suaves prestações e utilizar seus recursos financeiros de outras maneiras, se quiser.
Benefícios adicionais
Algumas apólices de seguro fiança podem oferecer serviços e benefícios adicionais, como assistência residencial, cobertura de danos ao imóvel, despesas judiciais em casos de ação de despejo, entre outros. Tais vantagens agregam e podem ser atrativos para locatários que buscam maior proteção e conveniência.
Vale ressaltar que o seguro fiança não é exclusivo para esses perfis de locatários. Qualquer pessoa que esteja alugando um imóvel e deseje uma opção mais prática, segura e flexível pode considerá-la como uma alternativa.
Por fim, é sempre importante analisar as necessidades e condições individuais antes de tomar a decisão final sobre qual garantia locatícia escolher.
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