Na contramão do frenesi moderno, um novo conceito vem ganhando força e se tornando cada vez mais popular.
Acertou se pensou no slow living. O termo em inglês pode ser traduzido como “vida lenta” e representa exatamente isso. Um modo mais devagar e bem menos acelerado de viver.
Nesse sentido, o slow living propõe uma mudança de mentalidade, encorajando as pessoas a desacelerar, apreciar o momento presente e cultivar uma conexão mais profunda consigo mesmas, com os outros e com o ambiente ao seu redor.
Mas você sabia que essa ideia também pode ser levada para dentro de casa, tanto na decoração, quanto na arquitetura? Vem descobrir mais com a gente!
O que é o slow living?
O slow living não se trata apenas de diminuir a velocidade, mas também de reavaliar nossas prioridades e escolhas. O grande objetivo por aqui é buscar por uma vida mais significativa, onde a qualidade supera a quantidade e a autenticidade supera as aparências.
Isso implica em abraçar a simplicidade, reduzindo o consumo excessivo e os compromissos desgastantes, e direcionando a atenção para o que realmente importa.
Um dos pilares do slow living é a prática da consciência plena, conhecida também como mindfulness. Ao adotar essa abordagem, as pessoas se esforçam para estar completamente presentes em cada momento, saboreando as experiências cotidianas em vez de se perderem em pensamentos sobre o passado ou o futuro.
Isso cria um espaço para a reflexão, apreciação e gratidão, elementos muitas vezes esquecidos em um mundo obcecado pela produtividade e pelo imediatismo.
Além disso, o slow living também promove a conexão com a natureza e o meio ambiente. Dentro desse movimento, valoriza-se o ritmo natural das estações, a observação das paisagens, seja um pôr do sol, uma cachoeira ou o ir e vir das ondas, considerando ainda o impacto das nossas ações no mundo.
Com isso, o slow living acaba repercutindo em escolhas mais conscientes, como preferir produtos locais e sustentáveis, por exemplo.
Já no âmbito social, o slow living vem para propor relações mais profundas e significativas. O tempo de qualidade com amigos e familiares, o compartilhamento de refeições e conversas sem pressa, fortalecem os laços e tiram o foco das amizades superficiais das redes sociais.
O slow living é, portanto, um convite para desacelerar e se reconectar com a essência da vida. É uma escolha consciente de viver a vida de modo mais equilibrado e autêntico. Ao adotar esse estilo de vida, as pessoas podem encontrar maior contentamento, reduzir o estresse e encontrar um propósito em meio ao caos moderno.
Como aplicar o slow living na decoração e na arquitetura?
Você já sabe o que é e para que serve o slow living. Mas como aplicar esse conceito dentro de casa?
O slow living quando usado na decoração e na arquitetura promove ambientes que favorecem a calma, a tranquilidade e a valorização daquilo que é essencial.
Veja as dicas a seguir e aprenda como fazer parte desse movimento com ainda mais entusiasmo!
Cores suaves e terrosas
Ao utilizar cores suaves e tons terrosos, que remetam à natureza e proporcionam uma sensação de tranquilidade, a casa ganha um novo ritmo, mais contemplativo e relaxante.
Nesse sentido, explore cores como bege, palha, areia, caramelo, verde musgo, vermelho queimado, rosa chá e laranja damasco, por exemplo. Se a intenção for trazer um ar mais moderno, complemente com tons de branco, cinza e preto.
Materiais maturais
Use materiais naturais como madeira, pedra, algodão e linho para criar uma atmosfera acolhedora e orgânica, capaz de promover uma maior interação com a natureza e explorar os sentidos de diferentes maneiras, especialmente o tato.
Você ainda pode explorar o sentido olfativo trazendo para os ambientes aromas acolhedores e relaxantes, como lavanda, camomila, laranja e erva doce. Para isso, use incensos, velas aromáticas, óleos essenciais ou aromatizadores.
Mobiliário funcional
Escolha móveis que sejam práticos e versáteis, evitando o excesso de peças. Valorize a funcionalidade e a qualidade em vez de acumular objetos desnecessários.
Minimalismo
Seguir a filosofia minimalista, mantendo apenas itens que tenham um propósito ou significado, é outra maneira interessante de adotar o slow living.
Espaços desobstruídos e limpos são essenciais para criar uma sensação de calma, isso porque diversos estudos já comprovaram que a bagunça dos ambientes afeta negativamente o cérebro, fazendo com que a capacidade de foco e concentração reduzam consideravelmente.
Mas não só isso. O conceito minimalista se reflete ainda nas opções de compra e consumo, evitando que você gaste dinheiro com coisas desnecessárias, o que, consequentemente, contribui com um melhor gerenciamento do orçamento, além de facilitar a limpeza e a organização do dia a dia.
Luz natural
Maximize a entrada de luz natural, pois ela ajuda a criar ambientes mais arejados e revitalizantes. Use cortinas leves para permitir a entrada da luz durante o dia.
A luz natural ainda favorece a qualidade do ar, eliminando pontos de mofo e bolor.
Toque pessoal
Traga elementos pessoais para o décor, como objetos artesanais, peças de família ou lembranças de viagem. Esses detalhes adicionam autenticidade aos espaços e uma sensação de conexão com o próprio lar.
São nesses objetos que você irá se reconhecer e sentir prazer de estar em casa. Por isso também que o slow living na decoração prega um design sem pressa, literalmente. Ao invés de mobiliar e decorar a casa toda de uma vez, o slow living convida a trazer os elementos aos poucos, conforme a vida vai acontecendo.
Design integrado com a natureza
Projete espaços que se integrem harmoniosamente com o ambiente ao redor. Janelas amplas, terraços e pátios podem proporcionar uma conexão visual e física com a natureza.
Nesse sentido, considere um jardim de inverno ou janelas inteiriças de vidro que conectam o lado interno com o externo.
Layout consciente
Planeje o layout dos espaços com o objetivo de promover a circulação tranquila e intuitiva. Evite excesso de divisórias e crie áreas de convívio confortáveis para receber as visitas, mas também para curtir com a família em casa. Espaços projetados para o bem estar são pilares do slow living na arquitetura.
Espaços multifuncionais
A integração entre os ambientes e a multifuncionalidade também estão presentes no slow living. É o caso, por exemplo, de adaptar ambientes para que possam ser utilizados em várias atividades. Por exemplo, uma sala de jantar que também serve como espaço de trabalho ou uma sala que pode se transformar em um quarto de hóspedes.
Tecnologia consciente
A tecnologia faz parte da vida moderna, mas no slow living ela aparece de modo discreta e funcional. A dica aqui é evitar o excesso de dispositivos e cabos visíveis, criando espaços mais relaxantes e com menor apelo à conectividade virtual, uma vez que o maior objetivo é promover justamente as conexões reais.
Sustentabilidade
Valorize e priorize o uso de materiais de construção sustentáveis e práticas eco-friendly no dia a dia da sua casa. Para isso, sempre que possível, procure por materiais, móveis e outros objetos que sejam fabricados com responsabilidade ambiental.
Reciclar o lixo, reduzir o consumo de uma maneira geral, ter uma composteira e plantar o próprio alimento, nem que seja numa pequena horta, também são práticas bem vindas dentro do conceito do slow living.
Espaços de relaxamento
Inclua espaços dedicados ao relaxamento, como cantinho da leitura, jardins internos ou cantos de meditação. Esses locais podem servir como refúgios para momentos de tranquilidade.
Caso não seja possível, transforme pequenas áreas dos cômodos já existentes em cantinhos zen. A mesinha da cabeceira no quarto, por exemplo, pode se tornar o lugar perfeito para auxiliar uma breve meditação ao acordar. Já alguns pequenos detalhes no banheiro, como piso de madeira e plantas, podem trazer um SPA na sua casa.
Cozinha equipada
O slow living nasceu do conceito do slow food, um movimento que inspira as pessoas a preparem o próprio alimento em suas casas, com ingredientes naturais e frescos, oferecendo para a família ou as visitas uma experiência gastronômica saudável e rica em sabores.
Por isso mesmo, o slow living não poderia deixar de ter um espaço destinado à gastronomia. Invista em uma cozinha prática e confortável, onde é possível preparar as refeições com calma e de modo prazeroso.
E, então, pronto para apreciar as coisas simples da vida? Coloque as dicas em prática e vivencie uma vida mais calma e leve!
30 ideias para aplicar o slow living na sua casa
Confira a seguir ambientes decorados inspirados no estilo slow living:
Imagem 1 – O minimalismo está na base do movimento slow living.
Imagem 2 – Já as cores terrosas trazem conforto e acolhimento.
Imagem 3 – A decoração slow living tem alma!
Imagem 4 – E as plantas ajudam a resgatar o contato com a natureza.
Imagem 5 – Momentos para relaxar são essenciais no slow living.
Imagem 6 – Identidade e personalidade são outra característica marcante do estilo.
Imagem 7 – Tenha o necessário, mas com conforto e estilo.
Imagem 8 – Uma sala aconchegante para fechar o dia!
Imagem 9 – Com direito até a um balanço de macramê no quarto.
Imagem 10 – O slow living nasceu do slow food, outro movimento forte atualmente.
Imagem 11 – Toque de cor e natureza para aquecer a cozinha.
Imagem 12 – E o que acha de um banheiro SPA?
Imagem 13 – Funcionalidade e conforto para viver uma casa de verdade.
Imagem 14 – Transforme os ambientes de acordo com as suas necessidades, sem padrões.
Imagem 15 – Uma pausa no meio do dia faz bem pro corpo e pra mente.
Imagem 16 – Ter um quarto aconchegante é parte fundamental de uma boa noite de sono.
Imagem 17 – Elementos que vão além de decorar, promovem bem estar!
Imagem 18 – Não tenha uma casa, tenha uma experiência.
Imagem 19 – Até o doguinho entra no movimento.
Imagem 20 – Plant lovers tem tudo a ver com o estilo slow living.
Imagem 21 – Acerte na paleta de cores para desfrutar de um espaço acolhedor.
Imagem 22 – Uma cama que te abraça!
Imagem 23 – Mesmo nos mais modernos dos apartamentos, o slow living encontra seu espaço.
Imagem 24 – Cozinha moderna, mas com toque da casa da vó: resgates afetivos.
Imagem 25 – A decoração slow living começa no hall de entrada.
Imagem 26 – Peças artesanais são destaque no movimento slow living.
Imagem 27 – A área externa é tão importante quanto a interna.
Imagem 28 – Minimalismo tem conforto e aconchego sim, senhor!
Imagem 29 – E o que acha de um clima tropical no quarto slow living?
Imagem 30 – Já aqui, a sala ampla e minimalista adotou o slow living na arquitetura.